quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Entrevista com Ethel Correa

Eu fiz essa entrevista no semestre passado e vou publicá-la em partes para que vocês possam ler com carinho.
A edição é de Thalissa Maíra.


Com a revogação da Lei de Imprensa e o fim da obrigatoriedade do diploma, o Jornalismo evidencia-se e deixa em foco discussões sobre os ganhos e perdas da profissão. Para tentar responder algumas das dúvidas que pairam na cabeça dos estudantes e também para compartilhar da sua experiência profissional, a repórter Ethel Corrêa, com mais de 10 anos de formada e atuando no Jornal da Alterosa desde 2007, transmite-nos um pouco da sua visão sobre o Jornalismo. Passando por temas como Código de Ética e liberdade de empresa e de imprensa, a repórter com ampla experiência em televisão, explica como é na prática a profissão.
1) No capítulo IV, artigo 13 do Código de Ética, está escrito que a cláusula de consciência é um direito do jornalista podendo ele se recusar a executar quaisquer tarefas em desacordo com o Código de Ética ou que agridam as suas convicções. Como essa cláusula é usada na prática?


O jornalismo deve seguir as normas da empresa, mas em alguma situação ou em algum momento especial, como na cobertura de um caso que seja exclusivo, pode-se ter alguns problemas em relação à postura. Neste caso, em que haja desacordo em relação à forma como agir para conseguir uma informação, segue-se a linha da emissora, desde que o jornalista não sinta que aquilo vá ferir a sua ética pessoal e jornalística.


2) Como conciliar liberdade de empresa com liberdade de imprensa?


Esta é uma questão que depende muito da postura da emissora. A maioria das chefias de reportagens orientam o repórter a fazer uma cobertura isenta quando se tem um anunciante envolvido em algum escândalo. Você poderia me perguntar: Mas não é sempre assim? A isenção é um princípio básico, mas a isenção total é ficção, pois no momento em que o repórter escolhe o número de fontes que irá entrevistar, ele já está opinando sobre o que considera importante ou não.
Algumas emissoras ou veículos de informação podem optar por ignorar a notícia, mas na maioria das vezes o repórter é enviado para relatar o fato e na hora da edição é que há uma determinação por parte da chefia do que entra ou não.

Continua...

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